Devido as suas qualidades, seus aspectos biológicos e comportamentais, as baratas compõem um dos grupos mais bem-sucedidos para ocupação de habitats.
Com elevado poder reprodutivo e de hábitos exploratórios noturnos, passando a maior parte do dia repousando em ambientes escuros, úmidos e quentes ou, escondidas em frestas e fendas, darão preferência a locais próximos de uma fonte de alimento e água. Desenvolvendo-se nas construções criadas pelo homem nos processos de urbanização, independente da sua vontade, facilmente se adaptam nos mais variados meios.
Esse convívio indesejável, remete à necessidade de controle, por serem as baratas potenciais transmissoras mecânicas de agentes causadores de doenças, como fungos, bactérias, vírus, protozoários, que carregam pelo seu corpo, adquiridos em esgotos, lixeiras e outros locais contaminados. Além da depreciação do ambiente seja em residências, empresas, comércios ou estabelecimento alimentício, é comum terem sua imagem associada a condições inadequadas de higiene e limpeza.
No Brasil, as principais espécies de baratas que mais causam transtornos são, a baratinha de cozinha, como é conhecida a Blattella germanica; e a barata de esgoto, como é conhecida a Periplaneta americana.

Blattella germanica
A B. germanica, por serem menores no tamanho com 2mm a 1,5cm de comprimento, dão preferência aos ambientes internos, sendo a maior concentração em cozinhas, despensas, restaurantes, áreas de armazenamento e de manipulação de alimentos. Tendo as principais áreas de abrigo na maior parte do dia, depósito de alimentos e embalagens, fornos, estufas, geladeiras, freezers, coifas, motores elétricos, frestas na alvenaria, sanitários e vestiários, gabinetes e armários, forros de gesso e revestimento de madeira, azulejo, entre outros.

Periplaneta americana
A P. americana, já maiores e com tamanhos entre 3 a 4,5 cm de comprimento, frequentemente estão associadas a bueiros e redes de esgoto, preferindo se abrigar em galerias subterrâneas, cisternas e poços, ralos de cozinhas, sanitários e vestiários, porões, sótãos, forros e jardins.
Para evitar o aparecimento desses indesejáveis visitantes é preciso eliminar os fatores que favorecem desenvolvimento de suas colônias, como descarte inadequado de materiais sem utilidade, promover a vedação de frestas e ralos, manter alimentos em recipientes fechados, remover resíduos orgânicos, eliminar vazamentos de água, inspecionar entrada de alimentos, entre outros.
Quando as baratas já estiverem instaladas e infestando o ambiente, um monitoramento e controle químico adequado com o uso de inseticidas em gel, líquido e/ou pó, dependendo do local, é possível obter sucesso através de medidas técnicas com produtos profissionais por empresa especializada.