Diferentemente do que as pessoas sempre pensaram, os cupins não formam um grupo específico dentre os insetos. Eles são, na realidade, baratas que vivem em colônias. Essa é a conclusão a que cientistas chegaram após anos de discussão sobre as semelhanças entre os dois tipos de insetos. Em fevereiro deste ano, a Sociedade Americana de Entomologia atualizou sua lista de nome de insetos, classificando os cupins não como uma ordem própria, mas como parte da ordem das baratas.”Esta ideia de que cupins são baratas sociais é antiga, mas agora foi comprovada por estudos moleculares”, explica Ana Maria Costa Leonardo, bióloga do Instituto de Biociências da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro. Segundo a especialista, “existe um ancestral comum que originou cupins e baratas, sendo cupins um grupo monofilético que possui apenas descendentes desse ancestral comum”. Assim, os cupins são classificados na infraordem Isoptera dentro da ordem Blattodea. Antes da mudança, Isoptera era considerada uma ordem. Baratas que comem madeira. As discussões entre especialistas sobre as semelhanças entre cupins e baratas são antigas, remontando à década de 1930. Desde essa época, os cientistas indicam que algumas baratas possuem no intestino micróbios que digerem madeira, como os cupins. É o caso das baratas do gênero Cryptocercus. Seus filhotes alimentam-se das secreções dos pais, adquirindo assim os micróbios intestinais que precisarão para digerir os troncos de árvores onde vivem. Apesar de antigo, o debate ainda causava polêmica, com alguns defensores de que os cupins formavam uma ordem específica. O que sempre foi ponto pacífico é o agrupamento de baratas, cupins e louva-deus em um grupo chamado Dictyoptera. Em 2007, um estudo intitulado “A Morte de uma Ordem”, de Paul Eggleton, biólogo do Museu de História Natural de Londres, utilizou testes de DNA para mostrar de forma robusta que os cupins haviam evoluído como um ramo específico da árvore genealógica das baratas. A partir da publicação desse estudo, os cupins passaram a ser considerados pela comunidade científica como uma infraordem dentro da ordem Blattodea.O resumo da ópera: na evolução das espécies, baratas, cupins e louva-deus possuíram um ancestral comum. Além disso, baratas e cupins vêm de uma linhagem que possui um mesmo ancestral. Existem mais de 6 mil espécies de baratas e 2.800 espécies de cupins. Todos descendentes do mesmo ancestral. As baratas do gênero Cryptocercus são as mais próximas dos cupins.”Mas os cupins continuam sendo cupins, pois também tem características suficientemente diferentes dos outros grupos de baratas”, diz um artigo dos pesquisadores da Wikitermes, um repositório brasileiro de informações sobre cupins que reúne estudiosos do inseto de diversas universidades do país e do exterior. Baratas com vida social intensa. Várias baratas possuem alguma forma de vida social. As baratas do gênero Cryptocercus, além de comerem madeira como os cupins, vivem em pares monogâmicos. Os cupins vão ao extremo da vida social. Eles são eussociais, nome dado ao grau mais complexo de organização social. Nos ninhos de cupins, apenas alguns indivíduos tornam-se responsáveis por toda procriação, havendo assim sobreposição de gerações. Todos os indivíduos cooperam para cuidarem da prole, havendo para isso divisão de tarefas. Algumas colônias de cupins podem ter até 3 milhões de indivíduos, com apenas um rei e uma rainha.
Fonte: BOL Notícias
Arquivos Mensais para abril, 2018
Cupins são baratas sociais
Roupa suja atrai percevejos e pode explicar difusão dos insetos pelo mundo
Os percevejos procuram seu cheiro e se aconchegam às suas roupas usadas quando você não está por perto, revelaram pesquisadores.Isso explica como essas criaturas minúsculas e incapazes de voar conseguiram se propagar de forma meteórica ao redor do mundo — pegando uma carona na nossa roupa suja, segundo um estudo publicado na revista “Scientific Reports”.”O mecanismo para essa dispersão de longa distância nunca foi testado empiricamente”, afirmou à AFP o coautor do estudo William Hentley, da Universidade de Sheffield.Alguns cientistas deduziram que os percevejos caíam acidentalmente em nossas roupas ou bagagens depois de se alimentarem do nosso sangue, e depois seguiam dos hotéis para nossas casas.Mas o novo estudo mostrou que essas pragas, conhecidas por serem atraídas pelo cheiro de humanos adormecidos, procuram ativamente nossa roupa usada.Hentley e uma equipe testaram as predileções de percevejos em uma série de experimentos incomuns. Voluntários humanos se lavaram com um sabão sem perfume, depois usaram camisetas e meias limpas por cerca de seis horas.
As roupas foram colocadas em uma bolsa de plástico selada e hermética antes de serem transferidas para uma sacola de pano. Quatro sacolas — duas com camisetas e meias sujas, e duas com os mesmos itens limpos– foram colocadas em uma sala, a distâncias iguais do centro. Percevejos foram então liberados e observados. Após quatro dias, os pesquisadores observaram a localização dos insetos e descobriram que a maioria estava nas sacolas que continham roupas sujas.
O experimento foi repetido algumas vezes.
“Os percevejos apresentaram uma recente e rápida expansão global, que se sugeriu que foi causada por viagens aéreas baratas”, escreveram os autores. “Nossos resultados mostram, pela primeira vez, que deixar roupas usadas expostas nas áreas de dormir ao viajar pode ser explorado por percevejos para facilitar sua dispersão passiva”.No ano passado, pesquisas mostraram que os percevejos se tornaram geneticamente programados para resistir a pesticidas, impulsando ainda mais sua conquista global.O percevejo comum, Cimex lectularius, é encontrado em climas temperados nos Estados Unidos e em partes da Europa. Esses insetos se tornaram especialmente difíceis de erradicar após venenos potentes como o DDT serem proibidos nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial.No final da década de 1990, esses bichos estavam prosperando em Nova York. Em um surto registrado em 2010, invadiram edifícios residenciais de luxo, hotéis e lojas de roupa, como uma ponta de estoque da marca de lingerie Victoria’s Secret.Também houve uma explosão de percevejos em Paris nos últimos anos.
Fonte: BOL Notícias
Dicas importantes para manter sua casa livre de baratas
A maioria das pessoas não gosta de insetos. Um deles em especial incomoda e tira o sossego de muita gente: as baratas.
Quando elas aparecem, é sinônimo de sujeira, pois ficam correndo por todos os lados e contaminando tudo o que tocam. Se você pensar por onde elas podem ter andado antes, aí é que a vontade de acabar logo com elas fica maior.
Confira agora algumas dicas de como manter as baratas longe da sua casa:
1. Manter a casa limpa
Majoritariamente, elas são atraídas por restos de comida, principalmente gordura; ou seja, evite deixar acúmulo de louça suja, conserve o chão limpo e o fogão em ordem, sem panelas usadas. Essas medidas ajudarão a deixar as baratas longe de sua casa.
2. Conserte vazamentos.
Umidade e água oriunda de vazamentos atrai baratas. Evitando essas situações, você se previne contra esses insetos. É importante saber que as baratas vivem meses sem comida, mas sem água, sobrevivem apenas alguns dias. Ao fazer faxinas, seque totalmente qualquer excesso de água que fique no ambiente.
3. Mantenha buracos tapados
Certifique-se de que não haja fendas em algum lugar da casa e, se houver, promova a manutenção desses locais. Qualquer rachadura ou fenda é uma porta de entrada ou abrigo para um inseto. Se existir a possibilidade, mantenha os ralos tampados, ou tente mantê-los cobertos.
4. Procure uma empresa especializada
Caso haja uma infestação em sua casa, você provavelmente não conseguirá resolver esse problema sozinho. A dica é procurar uma empresa especializada na execução desse tipo de serviço. Eles saberão como eliminar uma grande quantidade de baratas, definindo o que aplicar na sua casa, como e onde fazê-lo.
Fonte: Boletim Pragas On-Line em Notícias
Ligue para a DECO: 4032-2743.
Taturanas oferecem riscos à saúde
O Instituto Butantan alerta para os perigos do contato de pessoas com os “espinhos” envenenados de taturanas (ou lagartas) do gênero Lonomia, que apenas em 2017 foram responsáveis por 741 acidentes no país, de acordo com o Ministério da Saúde. O contato com a grande maioria das lagartas provoca dor e queimação, com inchaço e vermelhidão no local atingido. Porém, o acidente com a Lonomia pode causar uma síndrome hemorrágica, com sangramento na gengiva e na urina, até complicações graves como a insuficiência renal aguda, provocando a morte na falta de um tratamento correto.
Atualmente, o tratamento disponível para reverter os efeitos do envenenamento é a utilização do soro antilonômico produzido pelo Instituto Butantan desde 1994, único produtor do medicamento no mundo. O soro é obtido a partir do próprio veneno da Lonomia, em um processo no qual animais são imunizados com antígenos específicos e preparados com a toxina da lagarta.
Para manter a disponibilidade do medicamento, o Instituto recebe a cada ano uma quantidade suficiente dessas lagartas por meio de parcerias com secretarias de saúde da região Sul do país, geralmente entre os meses de dezembro e fevereiro. “Existe uma cadeia de participação para a produção do soro que envolve a população, órgãos de saúde e o Instituto Butantan. Tudo isso para viabilizar o soro”, explica Fan Hui Wen, gestora de projetos do Núcleo Estratégico de Venenos e Antivenenos do Butantan.
Sobre a espécie
A Lonomia é um inseto em fase larval que possui quatro estágios de desenvolvimento – ovo, lagarta, pupa e mariposa – frequentemente encontrada nos períodos de calor e chuva em troncos de árvores, camufladas e agrupadas em colônias. Somente na fase de larval a lagarta possui cerdas “espinhudas” que contêm um veneno que, em contato com a pele, causa “queimaduras”, dor local e sangramentos. Os acidentes com Lonomia nem sempre causam envenenamento e a gravidade do caso depende da quantidade de lagartas que a pessoa tocou e o quanto de veneno foi inoculado a partir do contato, se foi um contato leve ou se houve pressão sobre as cerdas.
O encontro da lagarta com o homem deve-se provavelmente ao desmatamento e é facilitado pela existência de moradias próximas à ilhas de mata nativa, inclusive no meio urbano.
Desmatamento
Os motivos da expansão populacional da taturana Lonomia obliqua foram identificados pelo pesquisador Roberto Henrique Pinto Moraes já em 2002. “O desmatamento é o responsável pelo aumento populacional da taturana; o número de acidentes é consequência”, afirmou Moraes, em reportagem divulgada pela Universidade de São Paulo (USP) em 2003.
Diminuição de predadores explica avanço da taturana
Outra razão para o aumento da população da taturana do gênero Lonomia é a extinção de um ou mais de seus predadores naturais. O principal deles é uma mosca da família Tachinidae. Ela deposita cinco ou seis ovos. Outro predador é o vírus loobMNPV, nocivo apenas para a Lonomia obliqua. Entre os motivos de extinção dos predadores estariam o desmatamento e o uso de agrotóxicos nas plantações. “Para reduzir acidentes o melhor é a conscientização. Conhecer a lagarta e saber como evitá-la”, alerta Moraes.
Fonte: g1.globo.com
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